segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

E um ano se passou!



Pois é pessoal. O tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindos... faliu a muito tempo :)

Mas estamos aqui há um ano e muita coisa rolou. Esta na hora de fazer um balanço

A integração

Nos chegamos aqui no inverno. Seriamente, o inverno passado foi muito pior que esse. Creio que o inverno é primeira coisa que dá medo na maioria dos brasileiros que vem para o Québec. Depois de um ano aqui eu creio que o pior é a língua. O francês não é a mais obvia das línguas, e quando você ainda coloca o fator Jouale (o francês quebecois) isso se torna pior.. eu ainda estou aprendendo a dizer "Tabarnak" em todos os tempos verbais.. mais ça, ça vas venir.

Com relação a integração, nós estamos bem integrados com a comunidade. Algumas coisas ajudaram muito:
1- Benevolat - fazer parte de associações nos ajudaram a conhecer pessoas, a treinar o francês, e a principalmente (no meu caso) a achar um trabalho. Alem que fazer parte de um organismo é muito bem visto aqui.
2- Curso de francisação - o curso fornecido pelo governo ajuda muito a compreender como as coisas funcionam aqui. Muito além de um curso de francês, a francisação ensina desde como fazer compras aqui até como passar em uma entrevista.
3- Organismos de apoio- Existem inúmeros organismos que auxiliam as pessoas aqui. Existe um organismo para cada coisa.  Aqui nós utilizamos o auxilio de um organismo chamado Strategie Carriere. Lá eles te auxiliam a se integrar ao mercado de trabalho ( e não arrumar um emprego). Eu participei um programa muito interessante chamado PPE Immigration. É um programa inédito na região que tem por objetivo ensinar as cultura quebecois e se preparar realmete se integrar no mercado de trabalho. No grupo havia pessoas de diferentes nacionalidades (colombianos, algerianos, congoleses, camaroneses, bolivianos,  senegaleses, brasileiros). Isso com certeza faz você se confrontar com diferentes culturas, modos de pensar.
4- "Quem está na chuva está mesmo prá se molhar" - por último, você tem muita ajuda, mas de nada adiante se você ficar em casa. O principal é sair e se misturar.. participar das coisas, viver a vida daqui e por uma pitada do tempero brasileiro.

Trabalho

Bom, como todo mundo já sabe, a Bianca começou a trabalhar um mês e meio depois de ter chegado aqui. Eu comecei a trabalhar em outubro (8 meses depois). O que importa é que nós dois estamos trabalhando nas nossas respectivas áreas, e é por isso que a gente veio aqui.

Conseguir um trabalho aqui consolidou nossa vinda para o Québec. Para um balanço de um ano, nós atingimos nossa primeira meta.

Dinheiro

Conquistas financeiras fazem parte da vida. Desde o começo escolhemos Trois-Rivières por dois motivos: por ser mais barato e por haver possibilidade de trabalho. Como as duas se mostraram verdadeiras, estamos conseguindo guardar dinheiro. Já compramos um carro, vários eletrodomésticos, e a próxima etapa será nossa casa. E essa foi outro motivo para o qual saímos do Brasil. Aqui temos essa possibilidade em menos de 2 anos.

Brasil

Deixamos para trás um pais e adotamos outro. Deixamos familia e amigos, que são insubstituiveis e temos saudades. Mas apesar disso, pelo menos eu, não tenho nenhuma saudade do Brasil. As vezes eu leio alguma noticia do Brasil e vejo que as coisa parecem piorar, e isso me faz ter a certeza que fizemos a coisa certa e até agora não nos arrependemos.

Futuro

Continuar a trabalhar, comprar uma casa, formar uma familia. Nada complicado aqui, mas parecia impossível no Brasil.  O principal é que estamos com esperanças renovadas e isso nos dá força para prosseguir.

Resumo

Esse primeiro ano serviu como estágio. Agora estamos nos sentindo mais preparados para os desafios daqui.  "Integração" é a chave da sobrevivência aqui, e isso, creio eu, conseguimos fazer muito bem. Lembrando que se integrar, não quer dizer virar Quebecois. Quer dizer aceitar as coisas daqui e utiliza-las como ferramenta para construir uma vida.

Imigrar é uma experiência fantastica, mas não é para todo mundo. Exige desapego, esforço pessoal e muita pesquisa.Recomendo a todos que pensam a vir para cá estudar bem o terreno. Aqui não é o paraiso e tem suas falhas, mas qual lugar do mundo não há?

Bom é isso ai. A Bianca já estava exigindo uso capião do blog  BiancaetWilliam, que com certeza é mais Bianca que William. Vou tentar escrever mais aqui e não só uma vez ao ano :)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Quer moleza!? Senta no pudim!!!!

Et il est frette à tabarnak, il neige à tabarnak et je me reveille tôt à tabarnak!

Tudo isso pra ir fazer uma obra de estabilização de talude na beira do Saint-Laurent. Ai, ai.

Quem trabalha na parte de engenharia civil pode ter de trabalhar fora (leia-se na rua, sem chauffage, sem cafezinho, sem secretária gostosa ...). Pra isso tem que usar umas proteções extras, como bota pra neve (CAN 50,00), jaquetão, proteção de orelha, luvas e dedos de aço pra escrever sem luvas. Hhahahaha.

No que tange a parte técnica, não é permitido fazer pavimentação entre novembro e março, haja visto que a temperatura tem que superior a 2 graus para isso.

Os concretos tem que ser protegidos e aquecidos e por ai vai.

Fortes emoções!

Sucesso

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Friperie!!!

Friperie é como um bazar.
Ola pessoal!

Participamos hoje de uma friperie. Friperie é um bazar, onde foram vendidas roupas usadas.

Participamos como voluntários, ajudando na venda. Na verdade essa foi uma atividade da Accorderie, associação da qual fazemos parte para arrecar fundos para manter as nossas atividades.

Na verdade, a Accorderie fornece muitos serviços, por exemplo fazer uma faxina na casa de uma pessoa idosa que não tem mais autonomia, almoços por um dolar, cursos de iniciação a informatica, técnicas de redação (para que as pessoas possam ter acesso ao emprego), cortes de cabelo gratuitos etc. Na verdade o objeto da accorderie e trocar serviço por serviço e diminuir a pobreza e o isolamento das pessoas.


Bom , é isso! Quem puder, participe de uma associação como esta, faz bem!

Accorderie de Montreal

Accorderie de Quebec

Sucesso!